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Quanto se paga na entrada de um imóvel financiado pela Caixa

As recentes mudanças nas regras de financiamento imobiliário da Caixa Econômica Federal estão trazendo novos desafios e oportunidades para os compradores de imóveis no Brasil. Com a atualização das condições, especialmente no que diz respeito ao valor da entrada e ao montante financiável, é importante compreender como isso afeta potenciais compradores.

Um dos principais impactos é a alteração no percentual da entrada exigida. Anteriormente, para comprar um imóvel de R$ 500 mil, era necessário um sinal de 20%, ou R$ 100 mil. Com as novas regras, este montante subiu para 30%, o que equivale a R$ 150 mil. Essa mudança pode restringir o acesso ao financiamento por parte da classe média.

Implicações financeiras das novas regras

As novas regras de financiamento não apenas modificam a entrada, mas também afetam o valor das prestações. No sistema de amortização constante (SAC), por exemplo, a prestação inicial caiu para cerca de R$ 4.570,70, enquanto a última prestação ficaria em torno de R$ 1.526,33 para o mesmo juro de 9,99% ao ano em um prazo de 240 meses.

Isso resulta em uma diminuição no total pago ao longo do tempo, tornando o financiamento mais acessível em comparações de longo prazo.

Perfil do comprador

Com o aumento da entrada inicial, o perfil do comprador de imóveis financiados pela Caixa tende a mudar. Será mais difícil para a classe menos favorecida reunir o valor necessário para a entrada, potencialmente agravando o déficit habitacional.

As novas regras favorecem aqueles com maior disponibilidade de capital imediato, também incentivando uma abordagem mais planejada e econômica.

Simulações de financiamento 

Simulações realizadas demonstram que, embora a entrada maior possa parecer um obstáculo à primeira vista, ela representa uma economia significativa no total financiado.

Por exemplo, ao comparar os sistemas SAC e da Tabela Price, ambos mostraram uma redução consistente nos custos totais ao longo do tempo devido ao menor montante financiado e às menores taxas de juros acumuladas.

Clyverton da Silva

Jornalista e revisor, especialista em benefícios.

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