Como funcionam as eleições nos Estados Unidos
O sistema de eleição presidencial nos Estados Unidos possui características únicas que o diferenciam bastante de outros países, como o Brasil. Uma das principais peculiaridades é o uso do Colégio Eleitoral, método pelo qual os votos dos cidadãos são convertidos em votos de delegados que efetivamente escolhem o presidente.
Cada estado tem um número específico de delegados, baseado na soma de seus senadores e representantes na Câmara.
Essa estrutura pode complicar a compreensão para aqueles não familiarizados com o processo. Nos Estados Unidos, vencer o voto popular nacional não garante a presidência, o que já resultou em candidatos derrotados mesmo com maior apoio popular, como visto em algumas eleições emblemáticas.
O papel do Colégio Eleitoral
No sistema eleitoral norte-americano, cada estado possui um número de delegados proporcional à sua população, totalizando 538 delegados. Para vencer, um candidato precisa garantir a maioria desses votos, ou seja, pelo menos 270 delegados.
Estados de grande população, como Califórnia, Texas e Flórida, são cruciais devido ao grande número de delegados que somam 54, 40 e 30, respectivamente.
O Colégio Eleitoral também apresenta algumas exceções em relação à distribuição dos delegados. Maine e Nebraska, por exemplo, não seguem a regra de “o vencedor leva tudo” que predomina nos outros estados; eles empregam o método de divisão distrital, onde um delegado é atribuído ao vencedor em cada distrito, além dos dois votos de senadores para o vencedor geral do estado.
Por que o voto popular não decide a eleição?
Uma das maiores diferenças em comparação com países como o Brasil é o fato de que o voto popular não define de forma direta quem será o presidente dos EUA.
Em eleições passadas, como o ocorrido em 2016, o candidato que perdeu no voto popular, Donald Trump, conseguiu a presidência a partir da maioria no Colégio Eleitoral. Essa discrepância aconteceu diversas vezes ao longo da história, destacando a complexidade e as controvérsias do sistema.
As eleições americanas são uma maratona de estratégia política e distribuição de recursos. Devido às regras específicas do sistema, candidatos frequentemente ajustam suas plataformas e discursos para conquistar os delegados dos estados mais disputados.