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Produtos chineses devem lotar as prateleiras de estabelecimentos no Brasil

A guerra comercial entre Estados Unidos e China tem potencial para afetar significativamente a economia brasileira. Com a imposição de tarifas de até 145% sobre produtos chineses exportados para os EUA, a China pode buscar novos mercados, e o Brasil pode se tornar um destino preferencial para esses produtos manufaturados.

Especialistas em comércio internacional sugerem que o Brasil pode ser inundado por produtos chineses, devido à sua estrutura comercial voltada para a importação de bens manufaturados e exportação de commodities.

O agronegócio brasileiro, no entanto, pode não ser tão afetado por essa reconfiguração comercial, uma vez que é mais competitivo em comparação com o setor agrícola chinês. Por outro lado, setores como o têxtil, calçadista, de eletrônicos e de equipamentos ópticos estão entre os mais vulneráveis.

Fabricantes de brinquedos, móveis e autopeças também podem enfrentar desafios devido à concorrência com produtos chineses.

Relação entre Brasil e China

Recentemente, Brasil e China reforçaram seu compromisso com o multilateralismo e o fortalecimento da OMC. Em uma videoconferência, representantes dos dois países destacaram a importância de um sistema internacional de comércio baseado em regras. Esse alinhamento político pode indicar que o Brasil evitará medidas protecionistas, como a elevação de tarifas sobre produtos chineses.

Especialistas acreditam que seria difícil para o Brasil taxar a entrada de produtos chineses sem adotar uma política semelhante à dos EUA, que tem sido criticada. Em vez disso, o Brasil pode optar por estratégias como a aplicação de cotas de importação ou medidas antidumping para proteger a indústria nacional.

A entrada de produtos chineses mais baratos pode levantar expectativas de redução nos preços de bens de consumo no Brasil. No entanto, especialistas ponderam que as importações da China já são comuns no mercado brasileiro e que o aumento no volume não necessariamente resultará em preços mais baixos.

Por outro lado, há uma possibilidade de que os consumidores sintam algum alívio nos preços de eletrônicos, roupas, calçados e utilidades domésticas.

Clyverton da Silva

Jornalista e revisor, especialista em benefícios.

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