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Guardas municipais terão remuneração superior à de policiais militares; veja detalhes

A Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou recentemente a criação de uma nova Divisão de Elite dentro da Guarda Municipal, que atuará armada no patrulhamento da cidade. Este movimento marca uma mudança significativa na estrutura e nas funções da corporação, que até então não possuía um segmento armado.

O edital para a seleção dos guardas que comporão essa nova divisão foi publicado no Diário Oficial, direcionado exclusivamente para guardas já efetivos na corporação.

Serão disponibilizadas 600 vagas internas, divididas em duas turmas de 300 agentes. Os selecionados receberão uma gratificação adicional ao salário, totalizando R$ 10.283,48, valor que supera significativamente a remuneração inicial de um policial militar no estado.

Desafios enfrentados pela nova força

A implementação da nova Divisão de Elite da Guarda Municipal do Rio de Janeiro enfrenta diversos desafios. Um dos principais pontos de discussão é a regulamentação do projeto de lei complementar que define as diretrizes para a atuação armada da guarda.

A proposta já foi aprovada em primeira votação na Câmara Municipal, mas ainda aguarda uma segunda votação para ser confirmada.

Entre as questões levantadas, estão a possibilidade de contratação de agentes temporários, o uso de câmeras corporais e a permissão para que os guardas levem suas armas para casa.

Como será a contratação de agentes temporários

O projeto de lei prevê a contratação de agentes temporários para compor a nova força. Esses profissionais poderão ser contratados por até um ano, com possibilidade de renovação por cinco vezes, totalizando um período máximo de seis anos.

O salário final para esses agentes será de R$ 13.033, composto por um vencimento base, uma gratificação por risco e o valor adicional para atuação armada.

A proposta de contratação temporária tem gerado preocupações entre parlamentares, que alertam para os riscos sociais e operacionais de investir em uma tropa temporária e altamente treinada. O vereador Pedro Duarte, por exemplo, questiona a viabilidade de investir em treinamento para agentes que, após o término do contrato, estarão desempregados e habilitados no uso de armas de fogo.

Clyverton da Silva

Jornalista e revisor, especialista em benefícios.

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