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A verdade chocante sobre o que acontece quando você para de malhar

Pesquisadores da Universidade de Jyväskylä, na Finlândia, revelaram novas informações sobre a memória muscular, destacando como o corpo humano mantém adaptações proteicas musculares mesmo após a interrupção dos exercícios. Publicado no periódico The Journal of Physiology, o estudo mostra que essas adaptações podem durar até dois meses e meio, facilitando a recuperação quando os treinos são retomados.

Anteriormente, a memória muscular era associada principalmente à preservação dos mionúcleos nas células musculares. No entanto, este estudo amplia o entendimento ao mostrar que adaptações proteicas também desempenham um papel crucial. Isso sugere que o corpo possui mecanismos mais complexos para manter a memória muscular do que se pensava anteriormente.

Como foi conduzido o estudo

O estudo envolveu 30 voluntários saudáveis que não praticavam musculação regularmente. Destes, 17 participaram de um programa de treinamento dividido em três etapas de dez semanas: treino supervisionado, pausa e retorno aos treinos.

O restante dos participantes serviu como grupo de controle. Amostras de tecido muscular foram coletadas ao final de cada fase para análise.

Os resultados mostraram que, mesmo após um período sem exercícios, certas proteínas musculares mantiveram suas alterações. Isso indica que o músculo “se lembra” de adaptações anteriores não apenas em nível celular, mas também no nível proteômico, o que é uma descoberta significativa para a fisiologia do exercício.

Implicações das adaptações proteicas

As adaptações proteicas observadas no estudo estão relacionadas à contração muscular, ao citoesqueleto e à sinalização de cálcio. Essas alterações persistem mesmo após um período sem atividades físicas, o que reforça a hipótese de que há uma base molecular concreta para a memória muscular. Isso ajuda a explicar por que a recuperação muscular é mais rápida após uma pausa nos treinos.

Embora a força e o volume muscular comecem a diminuir após duas a três semanas sem treinos, as adaptações proteicas permanecem por pelo menos dois meses e meio. Isso significa que, ao retomar os exercícios, a recuperação pode ser mais rápida do que o ganho inicial de força e volume muscular.

Clyverton da Silva

Jornalista e revisor, especialista em benefícios.

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