O cardeal italiano Giovanni Angelo Becciu, uma figura outrora poderosa no Vaticano, recentemente anunciou sua decisão de acatar a determinação da Igreja Católica de não participar do próximo conclave. Esta decisão segue sua condenação por peculato, que resultou na perda de seus direitos ao cardinalato.
Becciu, que já foi um dos principais assessores do Papa Francisco, viu sua carreira eclesiástica desmoronar após um escândalo financeiro envolvendo uma transação imobiliária em Londres.
Em 2014, o Vaticano investiu mais de 200 milhões de dólares na compra de um imóvel na capital britânica. As investigações revelaram que parte dos fundos deveria ter sido destinada a obras de caridade, mas foram desviados.
Becciu, que na época ocupava o cargo de chefe de gabinete do Papa, foi acusado de assinar o acordo e de desviar recursos para sua diocese natal na Sardenha, beneficiando familiares.
Consequências legais para Becciu
Em dezembro de 2023, o Tribunal do Vaticano condenou Becciu a cinco anos e seis meses de prisão, além de inabilitá-lo permanentemente para cargos públicos, por peculato e abuso de poder. Apesar de ter recorrido da decisão e estar em liberdade, o cardeal enfrenta um futuro incerto dentro da Igreja.
A condenação e as subsequentes restrições impostas a ele destacam a postura do Vaticano em relação à transparência e responsabilidade financeira.
Como o caso Becciu afeta o próximo conclave
O conclave, responsável por eleger o próximo Papa, é um evento de grande importância para a Igreja Católica. A exclusão de Becciu deste processo foi formalizada por documentos assinados pelo Papa Francisco, apresentados pelo cardeal Pietro Parolin.
Esta decisão visa manter a integridade e a serenidade do conclave, afastando qualquer influência negativa que o escândalo poderia causar. Becciu, que inicialmente alegou ter direitos vitalícios como cardeal, aceitou a decisão.
