Um dos carros mais populares do Brasil é o Celta. Na época de seu lançamento, em 2000, esses carros da Chevrolet eram os modelos mais comuns nas autoescolas. Além de serem confiáveis, possuíam embreagem confortável e eram considerados veículos baratos.
O Celta chegou ao mercado brasileiro em setembro de 2000 e permaneceu em produção até 2015. Rapidamente, conquistou o público. Seu preço inicial era atrativo: R$ 13.390. Porém, o sucesso do modelo não veio apenas pelo preço. Ele tinha baixo custo de manutenção e era bastante econômico no consumo de combustível.
A explicação para o preço aparentemente baixo está na simplicidade do carro. O veículo vinha sem airbags, sem conta-giros, rádio, travas ou vidros elétricos, e nem mesmo com lanterna no painel. O Celta de duas portas era conhecido como um “carro pelado”, algo que não existe mais atualmente. Hoje em dia, os veículos precisam sair de fábrica com diversos itens de segurança, o que eleva o preço inicial.
Quanto valeria um Celta hoje?
De acordo com a Calculadora do Cidadão, do Banco Central, os R$ 13.390 do Celta 2000 equivaleriam hoje a R$ 58.620, considerando a inflação medida pelo IPCA do IBGE.
Isso revela que um Celta daquele ano não seria tão acessível para a maioria nos dias atuais. A resposta está na queda do poder de compra do brasileiro, conforme aponta a consultoria Jato Dynamics.
Em 2000, com um salário mínimo de R$ 136, eram necessários quase 100 salários mínimos para comprar um Celta. No entanto, os preços de outros itens essenciais, como alimentação e moradia, também eram mais baixos, o que facilitava a economia das famílias.
Com o passar dos anos, essa perda do poder de compra ficou ainda mais evidente. Em 2018, o carro mais barato do país era o Chery QQ, custando R$ 26.690. Naquele ano, o salário mínimo era de R$ 954, o que representava cerca de 30 salários para adquirir um veículo zero.
Atualmente, o carro zero mais barato é o Citroën C3 na versão Live, com preço inicial de R$ 73.490.
