No final da década de 1960, o sistema de Discagem Direta à Distância (DDD) começou a ser implementado no Brasil. Este sistema transformou a forma como as pessoas faziam ligações, permitindo discagens sem a necessidade de operadores para conectar as chamadas. A implementação foi gradual e levou até a década de 1990 para cobrir todo o território nacional.
A lógica para atribuição dos códigos DDD no Brasil foi inicialmente baseada no nível de desenvolvimento econômico e na população de cada região. Áreas com maior número de habitantes e atividades econômicas consideráveis foram priorizadas, visto que concentravam um volume mais significativo de chamadas telefônicas.
Como São Paulo recebeu o código DDD 11?
O estado de São Paulo, sendo um dos mais populosos e economicamente ativos do país, recebeu atenção especial durante a implementação do DDD. O código “1” foi designado como o primeiro dígito devido à sua relevância econômica.
Para a capital, São Paulo, o código ficou como 11, enquanto outras regiões do estado receberam números entre 12 e 19. Esse mesmo princípio foi aplicado em outros estados, como Rio de Janeiro e Espírito Santo, que receberam números começando com “2”, e Minas Gerais com “3”.
Códigos de países
Em escala global, a União Internacional de Telecomunicações (ITU), uma agência das Nações Unidas, foi responsável por designar os códigos de país. Essa distribuição ocorreu em consenso entre as companhias e organizações de telecomunicações ao redor do mundo durante os anos 60.
Países com maior influência econômica e política tiveram mais expressão nas decisões, resultando no código “1” para os Estados Unidos e Canadá.
No contexto global, países da Europa têm os números “3” ou “4” como primeiros dígitos em seus códigos internacionais. Para as Américas, o “5” foi escolhido, com o Brasil utilizando especificamente o código 55. A distribuição dos códigos de país seguiu fatores históricos, comerciais, e, em menor grau, pressões políticas.
Por que alguns países ficaram com valores altos em seus códigos?
Algumas nações, como o Uzbequistão, acabaram com códigos superiores, como 998. Particularmente na África, o número “2” foi utilizado como primeiro dígito, embora as razões exatas não sejam completamente claras. Supõe-se que a união de diversos países africanos contribuiu para essa decisão conjunta.
