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Escala de trabalho 4×3 deve ser aprovada muito em breve no Brasil

A discussão sobre a redução da jornada de trabalho no Brasil tem ganhado destaque nos últimos anos. A proposta de diminuir a carga horária semanal para 36 horas, com a adoção de uma escala de quatro dias trabalhados e três de descanso, está no centro deste debate.

Essa mudança, defendida por diversos estudos, promete trazer melhorias significativas na qualidade de vida dos trabalhadores e impactos positivos na economia.

Um estudo realizado pela Universidade de Campinas (Unicamp) em conjunto com o Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit) sugere que a redução da jornada, sem diminuição salarial, pode ser um passo importante para combater a exploração no ambiente de trabalho. A pesquisa utilizou dados socioeconômicos e entrevistas com líderes sindicais para analisar os potenciais benefícios dessa mudança.

Por que a carga horária atual é problemática?

Atualmente, muitos trabalhadores brasileiros enfrentam jornadas extenuantes, que ultrapassam o limite legal de 44 horas semanais. Em 2024, o país registrou um aumento significativo nos afastamentos por questões de saúde mental, refletindo o impacto negativo da sobrecarga de trabalho.

Setores como comércio, telemarketing e transporte são particularmente afetados por essa carga excessiva, resultando em altos índices de insatisfação e rotatividade. A redução da jornada poderia ajudar a equilibrar essas demandas, promovendo um ambiente de trabalho mais saudável e inclusivo.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa implementar a jornada de 36 horas semanais foi apresentada recentemente no Congresso. A expectativa é que essa mudança possa beneficiar diretamente milhões de trabalhadores formais, além de ter efeitos positivos no setor informal. Proposta segue em debate no Congresso Nacional.

Clyverton da Silva

Jornalista e revisor, especialista em benefícios.

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