Ficamos assustados com os valores gastos pelo Vaticano no Conclave
A eleição de um novo Papa é um evento de grande importância para a Igreja Católica e para o mundo. Com a morte do Papa Francisco em abril deste ano, milhares de fiéis se reuniram na Praça de São Pedro para acompanhar o conclave que escolherá seu sucessor.
Este evento, além de seu significado religioso, tem um impacto econômico significativo tanto para o Vaticano quanto para o Estado italiano.
O Vaticano, responsável pela organização da cerimônia, mantém discrição sobre os custos envolvidos. No entanto, desde os Acordos de Latrão de 1929, a Itália assume parte das despesas relacionadas à segurança. Em 2005, por exemplo, a eleição do Papa Bento XVI custou cerca de 7 milhões de euros ao Vaticano, um valor que afetou suas finanças já frágeis.
Como a segurança é gerida durante o conclave
A segurança durante o conclave é uma preocupação primordial. Em 2025, o governo italiano, sob a liderança de Giorgia Meloni, tomou medidas para garantir a proteção dos participantes e visitantes.
Um decreto foi assinado para mobilizar a proteção civil italiana, responsável por coordenar a mobilidade e assistência, além de garantir a segurança ao redor do Vaticano e na Praça de São Pedro.
Em eventos passados, como em 2005, foram mobilizados 11.900 agentes de segurança, além de mil bombeiros e cinco mil funcionários públicos.
Custos e benefícios para Roma
Embora o custo total para o Estado italiano ainda não tenha sido calculado, já foram liberados cinco milhões de euros para cobrir as despesas iniciais. Além dos custos, a cidade de Roma e suas empresas esperam benefícios econômicos significativos.
Durante eventos papais, os preços de hotéis e acomodações disparam, trazendo um influxo de receita para o setor de turismo.
Segundo a associação de proteção ao consumidor Codacons, os preços de hospedagem em Roma atingiram níveis “estratosféricos” durante o funeral de Francisco, com valores variando entre 200 e 2 mil euros por quarto próximo ao Vaticano.