O Ministério da Educação (MEC) anunciou a criação de um novo exame anual, o Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed), com o objetivo de avaliar a qualidade dos cursos de medicina no Brasil. Este exame também servirá como uma ferramenta para selecionar candidatos para programas de residência médica.
A implementação do Enamed busca garantir que a formação médica no país atenda aos padrões exigidos pelas Diretrizes Curriculares Nacionais.
O Enamed será composto por 100 questões objetivas de múltipla escolha, abrangendo áreas essenciais da medicina, como Clínica Médica, Cirurgia Geral, Ginecologia e Obstetrícia, Pediatria, Medicina da Família e Comunidade, Saúde Mental e Saúde Coletiva.
A expectativa é que cerca de 42 mil estudantes concluintes participem do exame, além de médicos já formados que desejem ingressar em programas de residência médica através do Exame Nacional de Residência Médica (Enare).
Como o Enamed influenciará a residência médica
O Enamed desempenhará um papel crucial na seleção de candidatos para a residência médica. Atualmente, o Enare é responsável por 25% das vagas de residência no Brasil, e a introdução do Enamed promete expandir essa participação. Em 2024, o Enare já atraiu mais de 56 mil candidatos para quase 9 mil vagas, distribuídas em 162 instituições.
Com o novo exame, espera-se que mais instituições, incluindo privadas e filantrópicas, adotem o Enare como critério de seleção.
O cronograma do Enamed prevê a aplicação da prova em outubro, com os resultados divulgados no início de dezembro. As inscrições para estudantes concluintes serão realizadas pelas instituições de ensino entre maio e junho, enquanto médicos formados poderão se inscrever individualmente em julho.
O ministro da Educação, Camilo Santana, indicou que o Enamed poderá incluir uma segunda etapa para avaliar estudantes no meio do curso de medicina. Embora ainda não haja uma data definida para essa implementação, a proposta visa garantir uma avaliação contínua da formação médica.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou a importância de aumentar a avaliação para garantir a qualidade do ensino nas faculdades de medicina.
