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Mesmo concluída há 2 anos, ponte entre Brasil e Paraguai nunca foi usada or veículos

A Ponte da Integração, planejada como uma alternativa à congestionada Ponte da Amizade, ainda não está aberta para tráfego veicular, mesmo após dois anos após sua conclusão.

A obra foi realizada para a servir como uma nova rota entre o Brasil e o Paraguai, visando desafogar o fluxo de veículos na fronteira sul-americana. A demanda por essa passagem adicional é uma pauta antiga, amplamente discutida entre os moradores e autoridades locais.

Apesar de estar pronta, a falta de infraestrutura de apoio impede que a ela seja utilizada. Isso inclui a construção de rodovias de acesso e a instalação de estruturas alfandegárias adequadas.

Segundo estimativas, a previsão de inauguração oficial está projetada para dezembro de 2025, a menos que novos adiamentos ocorram.

Quais são os desafios para a inauguração da Ponte da Integração?

A subestrutura necessária para a inauguração da Ponte da Integração inclui, prioritariamente, a conclusão de vias de acesso como a Perimetral Leste de Foz do Iguaçu. Essa rodovia ligará a nova ponte à BR-277 e servirá também de ligação com a Ponte Tancredo Neves, que conecta o Brasil à Argentina. Até outubro de 2024, apenas 46,27% da Perimetral Leste estava concluída.

O financiamento e a administração da construção estão sob responsabilidade do governo estadual e da Itaipu Binacional, que já investiu mais de R$ 63 milhões no projeto. A conclusão dessas obras é crucial para proporcionar o acesso necessário à nova ligação internacional e também melhorar o acesso existente à Ponte da Fraternidade.

Qual é o papel das aduanas na região trinacional?

A instalação das estruturas alfandegárias nas fronteiras é outro componente vital para a operacionalização da Ponte da Integração. As instalações são necessárias tanto no lado brasileiro quanto paraguaio, além de ajustes na fronteira com a Argentina. A Itaipu Binacional é a responsável pelos aportes financeiros dessas infraestruturas, e as obras estão em andamento conforme o plano estabelecido entre as partes envolvidas.

Expectativas e impacto econômico da inauguração da nova ponte

A inauguração da ponte é considerada uma “expectativa otimista” por líderes empresariais como Roni Temp, presidente do Conselho de Desenvolvimento da Região Trinacional. Ele refere-se a ela como um elemento chave para o desenvolvimento econômico e social da área, algo que a comunidade espera há décadas.

Enquanto isso, Danilo Vendruscolo, da Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu, aponta a complexidade da obra como um fator natural para os adiamentos. A expansão das aduanas associadas e a construção de estradas de acesso sublinham a magnitude do projeto.

Perspectivas Futuras para a Região da Tríplice Fronteira

O futuro da Ponte da Integração se entrelaça com o desenvolvimento regional mais amplo, impactando não apenas o transporte de veículos e mercadorias, mas também o turismo e a economia local como um todo. A construção de uma infraestrutura robusta na região é vital para cumprir essas promessas.

A visão otimista para 2025 continua a ser debatida, mas a combinação de financiamento adequado, cumprimento de cronogramas e a cooperação internacional pode finalmente entregar o tão esperado alívio no tráfego fronteiriço e novos horizontes para o intercâmbio econômico na região trinacional.

Caio Bezerra

Editor e jornalista do Benefícios Agora.

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