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Nova diretriz médica promete reduzir casos de AVC

A Sociedade Argentina de Hipertensão Arterial (SAHA), em colaboração com a Sociedade Argentina de Cardiologia e a Federação Argentina de Cardiologia, estabeleceu um novo consenso sobre os valores normais de pressão arterial. Esta atualização visa reduzir significativamente os casos de infarto e acidente vascular cerebral (AVC) no país.

O médico Nicolás Renna destacou que, para muitos pacientes, manter a pressão arterial ligeiramente mais baixa do que o anteriormente tolerado pode ser crucial para evitar complicações graves de saúde.

O consenso clínico agora sugere que o limite para a pressão arterial em indivíduos hipertensos deve ser 13/8, em vez dos tradicionais 14/9. Essa mudança, embora pareça pequena, pode ter um impacto significativo na saúde pública, desde que os pacientes sejam devidamente identificados e tratados.

No entanto, a realidade atual é que muitos hipertensos desconhecem sua condição, e mesmo entre os diagnosticados, poucos recebem tratamento adequado.

Desafios no diagnóstico e tratamento da hipertensão

De acordo com dados da SAHA, apenas 40% dos hipertensos na Argentina estão cientes de sua condição. Entre esses, somente um em cada cinco está sob tratamento eficaz. A hipertensão é uma doença frequentemente subestimada, pois geralmente não apresenta sintomas evidentes até que ocorra um evento grave, como um infarto ou AVC. Essa falta de sintomas contribui para a baixa taxa de diagnóstico e tratamento.

Outro desafio significativo é que muitos médicos não medem regularmente a pressão arterial de seus pacientes. Um relatório anterior da SAHA indicou que apenas 14% dos médicos realizam essa prática de forma rotineira. Isso contribui para que uma grande parte da população hipertensa permaneça sem diagnóstico e, portanto, sem tratamento.

Por que a maioria dos hipertensos não segue um tratamento eficaz?

Mesmo entre os pacientes diagnosticados, muitos não seguem um tratamento eficaz. As razões para isso são variadas. Em alguns casos, os pacientes não tomam a medicação prescrita.

Em outros, o tratamento pode ser inadequado, seja por erro na prescrição ou por falta de adesão às diretrizes de tratamento. Como resultado, muitos hipertensos continuam em risco de complicações graves, como infarto, insuficiência renal e AVC.

Clyverton da Silva

Jornalista e revisor, especialista em benefícios.

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