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Por que cheques não são mais utilizados com frequência no Brasil?

Durante décadas, os cheques foram um dos principais métodos de pagamento no Brasil, desempenhando um papel crucial nas transações financeiras. No entanto, com o avanço das tecnologias digitais, esse meio de pagamento está rapidamente se tornando uma relíquia do passado. A conveniência dos cartões de crédito, do Pix e de outras soluções digitais está substituindo a necessidade de preencher e assinar cheques.

O uso de dispositivos eletrônicos para pagamentos instantâneos se tornou uma prática comum, enquanto o processo de emitir um cheque parece cada vez mais antiquado. Apesar disso, é importante lembrar que, por muitos anos, os cheques foram fundamentais para as compras e transações financeiras no país.

História dos cheques

Os cheques têm uma origem antiga, com práticas semelhantes registradas na Roma Antiga. No entanto, foi a partir do século XI que começaram a ganhar popularidade. Na Inglaterra, o uso de cheques se tornou comum em 1660, estabelecendo um padrão de pagamento que se espalhou pelo mundo.

No Brasil, a introdução dos cheques ocorreu em 1845, com regulamentação oficial cinco anos depois, marcando o início de sua trajetória no país.

Modalidades de cheques

Existem várias modalidades de cheques, cada uma com uma finalidade específica. Entre elas, destacam-se:

  • Cheque nominal: Emitido em nome de uma pessoa específica, garantindo que apenas o beneficiário possa descontá-lo.
  • Cheque cruzado: Possui duas linhas paralelas na frente, indicando que só pode ser depositado em uma conta bancária.
  • Cheque administrativo: Emitido pelo banco, oferecendo maior segurança e aceitação.
  • Cheque ao portador: Pode ser descontado por qualquer pessoa que o apresente ao banco.

Com o avanço tecnológico, a Compensação Digital por Imagem foi introduzida para agilizar o processo de compensação dos cheques, permitindo que as imagens dos cheques sejam processadas eletronicamente.

Apesar do crescimento dos pagamentos digitais, os cheques ainda têm um papel, embora reduzido, nas transações financeiras. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em 2024, apenas 0,5% das transações financeiras no Brasil foram realizadas por meio de cheques. Isso representa uma queda significativa em relação aos anos anteriores, com uma redução de 18% no número de cheques emitidos.

Desde 1995, a popularidade dos cheques caiu mais de 96%, mas ainda existem situações específicas em que são utilizados, como em casos de resistência aos meios digitais ou quando há necessidade de caução. 

Clyverton da Silva

Jornalista e revisor, especialista em benefícios.

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