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Porque o DDD dos EUA é 1?

No Brasil, o sistema de Discagem Direta à Distância (DDD) foi idealizado para organizar e facilitar as comunicações telefônicas a longas distâncias. Este sistema começou a ser implementado em 1969 e foi desenvolvido ao longo dos anos até cobrir todo o território nacional na década de 1990. 

De maneira similar ao DDD no Brasil, os códigos internacionais dos países foram distribuídos sob a supervisão da União Internacional de Telecomunicações (ITU). Este organismo, vinculado à ONU, organizou os números a partir de intensos debates entre as empresas de telecomunicação das principais nações.

Assim, os Estados Unidos e o Canadá, pela sua influência, ficaram com o código “1”.

Nos continentes europeu e americano, a distribuição também seguiu uma lógica prática: países europeus partilham os dígitos “3” ou “4”, enquanto a América Latina, incluindo o Brasil, adotou o “5” como prefixo. Entretanto, na África, o número inicial “2” foi estabelecido possivelmente por uma união de vários países para negociar o código com a ITU.

Como a globalização impactou a distribuição dos códigos de países

Globalmente, a distribuição dos códigos telefônicos reflete a dinâmica política e econômica das décadas passadas. Na década de 1960, quando esse sistema foi discutido, a influência política e econômica das nações ditou as regras de distribuição dos códigos, resultando em alocações que em muitos casos ainda fazem sentido à luz das condições socioeconômicas contemporâneas.

Nações com economias pujantes e maior desenvolvimento tecnológico conseguiram códigos mais curtos e fáceis de lembrar, o que se observa nos Estados Unidos e nos países europeus. Enquanto isso, regiões com menos poder de barganha, como o Uzbequistão, terminam com códigos mais extensos, como o 998. 

O sistema de códigos DDD no Brasil e os códigos internacionais desempenharam um papel crucial na facilitação da globalização das comunicações. Permitir que pessoas de locais distantes se comunicassem de forma direta e rápida foi um avanço significativo em torno da simplificação dos contatos, aumentando a interação entre culturas e países.

Clyverton da Silva

Jornalista e revisor, especialista em benefícios.

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