Preço do tomate vai nas alturas para o desespero dos brasileiros
Nos últimos meses, o clima tem desempenhado um papel crucial na agricultura, especialmente no que diz respeito à maturação dos pomares. O calor intenso registrado durante o verão deste ano acelerou o processo de maturação de diversas frutas, impactando diretamente a oferta e os preços no mercado.
De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em março, o preço do tomate subiu 22,55% em relação a fevereiro. Este aumento significativo pode ser atribuído à maturação acelerada causada pelas altas temperaturas, que antecipou a colheita e, consequentemente, a oferta do produto em várias regiões do país.
O tomate foi o alimento que mais contribuiu para a inflação de março, superando até mesmo produtos como o café e o ovo.
Como o clima afeta a oferta de alimentos
O clima é um fator determinante na agricultura, influenciando diretamente a produção e a oferta de alimentos. Quando as temperaturas sobem além do esperado, a maturação das frutas e vegetais pode ser acelerada, levando a colheitas antecipadas. Isso cria um desequilíbrio entre oferta e demanda, resultando em flutuações de preços.
No caso do tomate, a oferta inicial elevada foi seguida por uma escassez, já que as colheitas subsequentes não ocorreram no tempo habitual.
Além do tomate, outros alimentos também sentiram o impacto das condições climáticas e da inflação. O café e o ovo de galinha registraram aumentos de 8,14% e 13,13%, respectivamente. Juntos, esses três itens representaram um quarto da inflação de março.
A combinação de fatores climáticos e econômicos continua a desafiar produtores e consumidores, destacando a importância de estratégias de adaptação e mitigação para lidar com as mudanças climáticas.