Nos últimos anos, a prática de oferecer gorjetas em hotéis tem se expandido significativamente nos Estados Unidos. O que antes era uma gratificação reservada a garçons e camareiras, agora se estende até mesmo aos funcionários da recepção.
Especialistas em viagens têm observado que redes de hotéis como Marriott e Hyatt estão implementando sistemas de gorjetas via QR code durante o check-in. Essa tendência é vista em estabelecimentos como o Hyatt Centric em Boston e o Fairfield Inn em Nova York, onde os hóspedes são incentivados a “agradecer” os atendentes.
Por que as gorjetas estão se tornando comuns na recepção?
Segundo especialistas, o aumento das gorjetas na recepção dos hotéis pode ser atribuído a uma estratégia dos proprietários de transferir parte dos custos trabalhistas para os hóspedes. Em vez de um gesto espontâneo por um serviço excepcional, as gorjetas estariam se tornando uma espécie de taxa extra disfarçada.
Em locais movimentados, como Las Vegas, é comum a prática do “US 20 trick”, onde gorjetas generosas podem render upgrades significativos, como suítes luxuosas em cassinos renomados. Essa cultura de gratificação pode ser vista como uma forma de os hóspedes influenciarem a qualidade do serviço que recebem.
Implicações para os hóspedes
Para os viajantes, essa nova realidade das gorjetas representa um desafio adicional ao orçamento da viagem. O que antes era considerado um serviço padrão agora pode exigir uma gratificação extra, pressionando os hóspedes a reconsiderarem suas práticas de gorjeta. Além disso, há o risco de que essa tendência incentive ainda mais cobranças extras no futuro.
Os hóspedes são encorajados a avaliar cuidadosamente a necessidade de oferecer gorjetas em situações que anteriormente não as exigiam. Essa análise crítica pode ajudar a evitar a normalização de taxas adicionais disfarçadas de gratificações.
