O crédito consignado tem se tornado uma modalidade cada vez mais popular entre aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) no Brasil. Dados recentes indicam que o número de contratos ativos de empréstimos consignados ultrapassa significativamente o número de beneficiários, revelando uma tendência crescente no uso desse tipo de crédito.
De acordo com o Portal da Transparência Previdenciária, em dezembro de 2024, havia 44,4 milhões de empréstimos consignados em vigor, enquanto o Regime Geral de Previdência Social (RGPS) contava com 34,3 milhões de beneficiários.
Por que o crédito consignado é tão atraente?
O crédito consignado é especialmente atraente para aposentados e pensionistas devido às suas condições favoráveis. A legislação permite que um segurado tenha até 15 linhas de crédito, e a margem consignável pode chegar a 45% do valor recebido. Isso se divide em 35% para empréstimos pessoais, 5% para cartão de crédito e 5% para cartão benefício.
Além disso, o teto da taxa de juros para empréstimos consignados é de 1,85% ao mês, enquanto para cartões de crédito consignados, a taxa é de 2,46% ao mês. Essas condições tornam o crédito consignado uma opção mais acessível em comparação com outras modalidades de empréstimo.
Novas medidas que impactam o crédito consignado
Recentemente, duas medidas foram implementadas para facilitar ainda mais o acesso ao crédito consignado. Desde janeiro de 2025, é possível obter o crédito já no primeiro benefício recebido, embora inicialmente apenas na instituição pagadora do benefício. Após 90 dias, o beneficiário pode solicitar empréstimos em outros bancos.
Outra mudança significativa foi a ampliação do prazo máximo para pagamento de empréstimos consignados, que passou de 84 para 96 meses. Essa extensão permite que os beneficiários distribuam o valor total das parcelas por um período maior, proporcionando mais flexibilidade financeira.
