Em um avanço significativo para a exploração espacial, cientistas registraram pela primeira vez uma aurora visível no céu noturno de Marte. Este fenômeno, caracterizado por um brilho verde, foi detectado pelo rover Perseverance da NASA na Cratera Jezero. A descoberta, publicada na revista Science Advances, abre novas perspectivas para o estudo do planeta vermelho.
As auroras em Marte já eram conhecidas, mas até então, todas se manifestavam em ultravioleta, invisíveis ao olho humano. A recente observação de uma aurora visível marca um novo capítulo na compreensão das interações atmosféricas marcianas e sua comparação com fenômenos semelhantes na Terra.
Como as auroras se formam em Marte?
As auroras são o resultado de interações energéticas entre partículas do espaço e a atmosfera de um planeta, mediadas por campos magnéticos. Em Marte, embora não exista um campo magnético global devido à sua atmosfera fina, campos magnéticos locais preservados em minerais da crosta podem gerar auroras.
Este fenômeno foi observado após uma ejeção de massa coronal do Sol, que lançou partículas carregadas em direção a Marte.
A aurora verde em Marte foi registrada no comprimento de onda de 557,7 nanômetros, semelhante ao brilho do oxigênio ionizado que causa as auroras verdes na Terra. Esta descoberta é crucial, pois permite aos cientistas estudar as condições atmosféricas e magnéticas de Marte de uma nova perspectiva. A aurora marciana, mais uniforme e difusa do que as terrestres, cobre o céu de maneira mais homogênea.
Próximos passos na pesquisa de auroras em Marte
Esta foi a quarta tentativa dos pesquisadores de capturar o fenômeno, e eles planejam continuar suas observações para entender melhor como as auroras ocorrem em Marte. O objetivo é identificar padrões e determinar quais tipos de tempestades solares são mais propensas a causar auroras no planeta vermelho.
