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Presidente do INSS é retirado do cargo após escândalo

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) se encontra no centro de uma investigação significativa após a deflagração de uma operação conjunta entre a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU). O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi afastado do cargo em meio a acusações de fraudes em benefícios destinados a aposentados e pensionistas.

A operação, que gerou grande repercussão, visa desmantelar um esquema que teria prejudicado financeiramente muitos beneficiários.

Stefanutto, que é servidor de carreira do INSS desde 2000, foi alvo de buscas em sua residência e local de trabalho. Ele foi indicado ao cargo pelo ministro da Previdência Social, Carlos Lupi. A operação também resultou no afastamento de outros cinco servidores públicos, todos suspeitos de envolvimento no esquema fraudulento.

Como funcionava a fraude no INSS

A investigação revelou que a fraude consistia em descontar valores mensais dos benefícios de aposentados e pensionistas, sob a alegação de que eles teriam se tornado membros de associações de aposentados. No entanto, muitos dos afetados afirmam que nunca se associaram ou autorizaram tais descontos.

Este esquema teria lesado um grande número de beneficiários, que viram seus rendimentos mensais reduzidos sem explicação.

Além de Stefanutto, outros altos funcionários do INSS foram afastados, incluindo o procurador-geral do INSS, Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, e o coordenador-geral de Suporte ao Atendimento ao Cliente, Giovani Batista Fassarella Spiecker. A operação, denominada “Sem Desconto”, busca responsabilizar todos os envolvidos e restituir os valores indevidamente descontados.

O impacto político e social é significativo, uma vez que o INSS é uma instituição crucial para a segurança financeira de milhões de brasileiros. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi informado imediatamente após a deflagração da operação.

Clyverton da Silva

Jornalista e revisor, especialista em benefícios.

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