A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou recentemente os resultados de uma análise abrangente de 41 suplementos de creatina disponíveis no mercado brasileiro. Este estudo, que envolveu 29 empresas fabricantes, revelou que apenas uma marca atendeu a todos os critérios estabelecidos, enquanto outra apresentou teor de creatina abaixo do permitido.
O único produto aprovado em todas as avaliações da agência foi a Creatine Monohydrate – 100% Pure, da Athletica Nutrition, da empresa ADS Laboratório Nutricional Ltda.
A análise foi realizada pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Os resultados indicam uma evolução no setor de suplementos nutricionais em comparação com uma avaliação anterior realizada em outubro de 2024 pela Associação Brasileira de Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri), que reprovou 18 de 88 creatinas avaliadas.
A Anvisa permite uma variação de até 20% a menos do que o rótulo indica, e apenas uma marca foi encontrada com teor de creatina abaixo do esperado, embora o nome do produto não tenha sido divulgado devido a um processo administrativo em andamento.
Critérios de avaliação utilizados pela Anvisa
A análise da Anvisa se concentrou em três critérios principais: teor de creatina, presença de matérias estranhas e rotulagem. No que diz respeito ao teor de creatina, a maioria dos produtos apresentou regularidade, sem variações significativas que pudessem caracterizar infração sanitária. A presença de matérias estranhas foi outro ponto de avaliação, e todos os produtos foram aprovados nesse quesito.
No entanto, a rotulagem foi o critério que apresentou mais problemas. Dos 41 produtos analisados, 40 apresentaram algum tipo de erro nos rótulos. Esses erros incluíam alegações não autorizadas, uso de palavras ou imagens que poderiam induzir o consumidor a erro, e informações nutricionais fora do padrão.
Apesar de não representarem risco à saúde, esses erros podem resultar em notificações aos fabricantes.
