A morte do papa Francisco, aos 88 anos, trouxe à tona discussões sobre o destino de sua herança. Conhecido por sua vida simples e compromisso com os pobres, Francisco, membro da Companhia de Jesus, fez votos de pobreza, castidade e obediência.
Durante seu tempo como cardeal em Buenos Aires, Francisco era conhecido por usar transporte público e viver de maneira modesta. Ao se tornar papa, escolheu o nome Francisco em homenagem a São Francisco de Assis, reafirmando seu desejo por uma Igreja pobre para os pobres. A simplicidade foi uma marca constante de sua liderança na Igreja Católica.
O que um papa pode deixar como herança?
Embora um papa possa ter bens pessoais adquiridos antes de assumir o cargo, tudo que recebe durante o pontificado pertence à Igreja. Isso inclui salários, direitos autorais e presentes. É improvável que Francisco tenha acumulado um patrimônio significativo, dada sua vida sem ostentação.
Francisco é autor de várias obras, algumas publicadas antes de se tornar papa. Os direitos autorais desses livros podem fazer parte de sua herança, mas os ganhos com obras publicadas durante o papado são, por regra, da Igreja. Como qualquer cidadão, ele poderia ter deixado um testamento para expressar suas vontades sobre o destino de seus bens.
Para quem vai a herança do Papa Francisco?
Se Francisco deixou um testamento, a herança pode ser direcionada para a Igreja, instituições de caridade ou familiares. Atualmente, ele tinha apenas uma irmã viva, Maria Elena Bergoglio, com quem mantinha contato. Ela tem dois filhos, sendo que um deles é afilhado do papa.
Na ausência de um testamento, os bens devem ser divididos entre os herdeiros legais ou revertidos para instituições ligadas à Igreja.
O caso de Bento 16, seu antecessor, serve de exemplo. Após sua morte em 2022, seus bens pessoais foram deixados a cinco primos, enquanto os direitos de suas obras permaneceram com o Vaticano. Parte dos recursos foi destinada à fundação que leva seu nome.
