Inteligência Artificial pode ser responsável por revelar novos talentos no futebol
No cenário do futebol, a figura do olheiro sempre teve um papel quase mítico. A imagem de um observador atento, com um caderno em mãos, anotando detalhes de jovens promessas em campos de várzea, é icônica.
Contudo, essa prática tradicional está passando por uma transformação significativa com a introdução da Inteligência Artificial (IA). Essa tecnologia emergente está se tornando uma ferramenta poderosa e, ao mesmo tempo, uma concorrente direta dos métodos convencionais de descoberta de talentos.
O uso da IA no futebol está revolucionando a forma como os clubes identificam e avaliam novos jogadores. Programas como o CUJU, desenvolvido pela empresa alemã Rogon, estão na vanguarda dessa mudança.
O CUJU utiliza a tecnologia para democratizar o acesso às peneiras de futebol, permitindo que jovens atletas sejam avaliados virtualmente por meio de exercícios físicos orientados por vídeo. A IA analisa o desempenho dos participantes e atribui pontuações, destacando os melhores para os olheiros e clubes parceiros.
Como a inteligência artificial está transformando as peneiras de futebol
A proposta do CUJU é simples: tornar o processo de seleção mais acessível e eficiente. Jovens atletas se cadastram na plataforma, realizam exercícios e são avaliados pela IA, que analisa aspectos como velocidade, precisão e resistência.
Aqueles que se destacam entram no radar de clubes e olheiros, tudo de forma virtual. Esse método não apenas amplia o alcance das peneiras, mas também oferece uma avaliação inicial mais objetiva e imparcial.
Além do CUJU, outras plataformas estão adotando abordagens semelhantes. A Footbao, por exemplo, combina inteligência artificial com análise humana para avaliar jovens jogadores. Com mais de 100 mil atletas cadastrados, a plataforma promove torneios e utiliza vídeos e reconhecimento facial para realizar avaliações técnicas.
Na Europa, a aiScout, com sede em Londres, permite que jogadores amadores participem de testes virtuais para clubes profissionais, incluindo gigantes como Chelsea e Burnley.
